Mesmo que não seja sempre, quantas vezes alguns de nós ignoram uma ou outra regra de Higiene?
Alguns de nós poderão seguir a «regra dos 5 segundos» quando deixamos cair algum alimento ao chão, outros poderão deixar o seu animal de estimação lamber as suas mãos e outros acabam por espirrar para as mãos por não terem à mão um lenço de papel ou não se lembrarem de usar o cotovelo.
No mundo profissional dos nossos tempos, onde a pressão é grande e o tempo escasseia, podemos sem querer adoptar maus hábitos de Higiene, facilitando inconscientemente a transmissão de agentes infecciosos no nosso escritório. Em média, no ano de 2019, os empresários perderam €639 por colaborador devido a ausência por doença. É crucial para as Empresas tomar medidas para travar os maus hábitos de Higiene.
Em que medida se estão a negligenciar rotinas simples de Higiene e o que pode fazer para o evitar?
A nossa pesquisa, realizada em reconhecimento do Global Handwashing Day, revelou que os Britânicos tem uma atitude perigosamente alarmante no que respeita à Higiene durante os horários das refeições:
Estas conclusões dão que pensar, principalmente se tivermos presente que aproximadamente 80% de todas as infecções são transmitidas pelas nossas mãos [1]. Os Estudos demonstraram também que 3 em cada 5 cidadãos Britânicos (61%) almoçam na sua secretária de trabalho 3 ou mais vezes por semana [2]. Assim sendo, se não lava as mãos adequadamente antes de comer, os microorganismos prejudiciais como bactérias ou outros agentes infecciosos, que se acumulam em superfícies onde múltiplos utilizadores tocam em todo o escritório (como maçanetas, interruptores, bancadas e mesas da cozinha ou copa, teclados, comandos, fotocopiadoras,...) acabam muito provavelmente como acompanhamento da sua refeição.
Além desta questão, o facto do «Hotdesking» ser um sistema cada vez mais utilizado (postos de trabalho comuns a vários trabalhadores, em diferentes horários) a atenção à Higiene deve ser redobrada. Negligenciar os bons hábitos de Higiene das mãos no local de trabalho, principalmente antes de comer, aumenta o risco de contaminação cruzada. Está comprovado que os equipamentos partilhados em «hotdesks» acumulam mais bactérias do que um posto de trabalho individual. [3]. Deve, portanto, encorajar os seus colegas a lavar as mãos depois de usarem equipamentos de utilização comum.
A pesquisa da Initial sobre a lavagem das mãos num grupo de Famílias Britânicas mediu o nível de actividade bacteriana presente nas mãos de cada membro da Família antes do pequeno almoço e antes do jantar. Foram registados níveis mais altos de presença de bactérias ao pequeno almoço, em comparação com o jantar. O facto pode ser parcialmente explicado pelo aumento da nossa temperatura corporal durante a noite que faz com se transpire mais, criando três condições favoráveis ao desenvolvimento de bactérias: calor, humidade e fonte de alimento. Se, posteriormente, adicionarmos os vírus e bactérias a que estamos expostos quando usamos os transportes públicos até ao trabalho, não haverá dúvida sobre a importância da lavagem das mãos antes do pequeno almoço ou de qualquer outra refeição, tendo ao mesmo tempo em atenção que não deve fazer as suas refeições na secretária, especialmente se opta por tostas, sandes, frutas ou qualquer outra opção em que é obrigado a comer com a mão.
Pode parecer simples, mas a principal forma de combater os agentes patogénicos é encorajar boas práticas de lavagem das mãos no local de trabalho. Não é segredo para ninguém que uma boa Higiene das mãos é um passo crucial na prevenção da transmissão de bactérias, vírus e, portanto, de doenças. A Investigação levada a cabo pela Initial, por exemplo, demonstrou que a concentração de bactérias presentes nas mãos dos participantes diminuía 83% ao lavarem as mãos antes das refeições.
Os higienizadores de mãos podem formar uma barreira duradoura contra microorganismos prejudiciais assegurando protecção durante as próximas horas. Instalar higienizadores de mãos nas instalações sanitárias, nas entradas dos edifícios, na entrada de zonas de refeição ou de salas de reunião irá encorajar melhores hábitos de higiene, entre os seus colegas e também nos seus visitantes.
A limpeza regular deve ser a pedra angular da estratégia para uma boa Higiene, uma vez que é um passo crucial na prevenção de surtos infecciosos. É essencial que a limpeza seja levada a cabo em áreas comuns para prevenir a contaminação cruzada. A limpeza proactiva envolve uma desinfecção de rotina nos pontos de múltiplos contactos - tal como maçanetas e puxadores de portas, teclados, interruptores, ratos, etc. Devem também ser disponibilizadas nos locais de trabalho toalhitas antibacterianas, de forma a encorajar os colaboradores a usá-las nos equipamentos e superfícies que utilizam diariamente, desinfectando-os.
É comum para o trabalhador dos dias de hoje deixar-se levar por hábitos «mais preguiçosos». Desde comer nas secretárias a negligenciar a lavagem das mãos, mesmo antes das refeições. O risco de contaminação cruzada é aumentado, nestas circunstâncias, ou seja, aumenta a probabilidade de contacto com agentes infecciosos e assim contrair doenças. No entanto, com um custo relativamente baixo, é possível alterar maus hábitos de Higiene no local de trabalho e construir uma atmosfera que encoraje as boas práticas de Higiene, ajudando a melhorar a Saúde e Bem-estar e, por isso, a produtividade de todos.
[1] Centers for Disease Control and Prevention (CDC)
[2] Ambius, ‘Al Desko’ research, 2016
[3] Pesquisa Initial Washroom Hygiene, 2017